quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O PAPEL DA MULHER NA FAMÍLIA E SOCIEDADE

 
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As sociedades humanas surgem divididas em clãs, em tribos e aldeias. Na fase pré-capitalista o modelo de família era multigeracional e todos trabalhavam numa mesma unidade de produção. O mundo do trabalho e o mundo doméstico eram coincidentes. A função de reprodutora da espécie, que cabe a mulher, favoreceu a sua subordinação ao homem. A mulher foi sendo considerada mais frágil e incapaz para assumir a direção e chefia do grupo familiar. O homem associado à ideia de autoridade devido a sua força física e poder de mando, assumiu o poder dentro da sociedade.
Surgem as sociedades patriarcais, fundada no poder do homem, do chefe de família. Assim a sexualidade da mulher foi sendo cada vez mais submetida aos interesses do homem, tanto no repasse dos bens materiais, como na reprodução da sua linhagem.
A mulher "passou a ser do homem" como forma dele perpetuar-se através da descendência. A função da mulher foi sendo restrita ao mundo doméstico, submissa ao homem.
Já na sociedade industrial o mundo do trabalho se divide do mundo doméstico. As famílias multigeracionais vão desaparecendo e forma-se a família nuclear (pai, mão e filhos). Permanece o poder patriarcal na família, mas a mulher das camadas populares foi submetida ao trabalho fabril, o abandono do lar trouxe consequências para as crianças. A revolução industrial separou o trabalho doméstico do trabalho remunerado fora do lar. Nas fases de crises substituía-se o trabalho masculino pelo trabalho da mulher, pois era mais barato. Ao ser incorporado ao mundo do trabalho fabril a mulher passou a ter uma dupla jornada de trabalho. A ela cabia cuidar da prole, dos afazeres domésticos e também do trabalho remunerado. A dificuldade de cuidar da prole levou as mulheres a reivindicarem escolas, creches e o direito a maternidade. É nesse contexto que nasceu a luta das mulheres por melhores condições de trabalho.
Na sociedade capitalista persistiu o argumento da diferença biológica com base para a desigualdade entre homens e mulheres. As mulheres eram vistas como menos capazes que os homens. Cada vez mais o corpo da mulher pertencia ao homem, seu marido e senhor. o adultério era crime gravíssimo, pois colocava em perigo a legitimidade da prole como herdeira da propriedade do homem.
A luta das mulheres contra a forma de opressão a que eram submetidas foi denominada de feminismo e a organização das mulheres em prol da melhoria sociais foi conhecida como movimento de mulheres. As mulheres que assumiram o movimento feminista eram vista como "mal amadas" e discriminadas pelos homens e pelas mulheres que aceitavam o seu papel de submissa na sociedade patriarcal. A luta feminina é um busca de construir novos valores sociais, nova moral e nova cultura. É uma luta pela democracia, que deve nascer da igualdade entre homens e mulheres e evoluir para a igualdade entre todos os seres humanos, suprimindo as desigualdades de classe. O encontro de mulheres vem preencher uma lacuna deixada no interior e nos pequenos povoados, onde as mulheres são lesadas de conhecimentos e preparação no enfrentamento as mais diversas formas de opressão nos quais são as principais vítimas. 





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