domingo, 11 de dezembro de 2011

Formação da Juventude Negra



E através de encontros a juventude pode esta enfatizando  os acontecimentos ao seu redor . Os encontros são espaços onde a juventude compartilham experiências com interatividades e descontração, para saber como lidar com situações do dia-a-dia.
Juventude Negra é cumprir uma demanda referendada pela plenária final do Encontro Nacional da Juventude Negra/ENJUNE, procurando articular e promover uma maior participação política e social do (a)s jovens negros (as) de todo o país. Este fórum consolidará as deliberações do ENJUNE e funcionará também para implementar e coordenar as ações apontadas pelo relatório final daquele Encontro, dando direcionamento a construção de um novo panorama social para o contexto juvenil étnico/racial de nosso país. Este Fórum pauta-se em uma perspectiva afrocentrada aglutinando sobre diferentes focos e realidades, os direcionamentos, demandas e consensos importantes para juventude negra como o combate ao extermínio da juventude negra, ao racismo institucional e a defesa da implementação, em caráter de urgência, de reparações e ações afirmativas para o povo negro brasileiro.

Referencial Teórico

http://forumnacionaldejuventudenegra.blogspot.com/

o BRASIL E A SAÚDE NEGRA.

A luta pela inclusão e pela igualdade.
Por: Fernando Ladeira – Revista Brasileira Saúde da Família – pág. 24 – julho a dezembro 2010 – Publicação do Ministério da Saúde.

Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2008, 45% dos entrevistados se autodefiniram como brancos e 0,88% como amarelos ou indígenas. Em comparação com os dados do Censo 2000, quando 54% se autodefiniram como brancos, os resultados apontam que a maioria da população brasileira, atualmente é formada por pardos (47%) e negros (7,3%), que somam 54,3%. Apesar dessa alteração no quadro racial no período avaliado, que indica possivelmente o efeito de mudanças políticas e sociais sobre o aumento da identidade negra, os resultados de saúde ainda apresentam desigualdades importantes.

São evidentes que na última década melhoraram alguns determinantes de saúde, tais como renda, trabalho e educação, fazendo o cidadão negro se sentir um sujeito de direitos e ajustar sua autodeclaração de raça como o Censo. Na saúde, mesmo com a melhora dos indicadores terem melhorado, ainda há diferença nos dados epidemiológicos referentes à população negra quando comparada a branca.


Brasil Quilombola, 2004.

Instituída como política de Estado e meio de reconhecimento do racismo enraizado na sociedade por meio de definição de ações ministeriais e intersetoriais em prol da população negra. Compreende ações nas mais diversas áreas, entre elas no financiamento diferenciado para equipes de saúde da família que possuem em sua área de abrangência comunidades remanescentes de negros resistentes ao escravagismo – os quilombolas. Num total, já são 504 equipes de saúde da família em 347 municípios do Brasil.
A expansão de cobertura da ESF foi quase duas vezes maior nos municípios com maior proporção de população negra do que naqueles com menor participação desse grupo racial, colaborando para a redução de desigualdades étnicos-raciais de acesso a ações básicas como pré-natal e saúde nutricional.
A introdução do quesito raça-cor nos sistemas nacionais de informação de saúde tem permitido o monitoramento das desigualdades étnico-raciais, deixando claro que o problema de acesso ao sistema de saúde não se restringe à Atenção Primária à Saúde, e sim a aqueles que mais necessitam e tem menos acesso aos serviços.

“O acesso é um dos problemas, pois não é próximo de onde moram os que precisam ou é disponibilizado em horários não compatíveis com aqueles que o trabalhador pode dar atenção à saúde. Além da questão da equidade nos serviços, pois ainda há diferenças no atendimento.” – ACS e usuária do SUS.


O Ver e o Enxergar – A mulher-propaganda.

            
Sexta-feira, 30 de setembro de 2011.

“Defesa das mulheres ou cuidado exagerado” – página 2 Jornal “A Gazeta” – Da Redação.

          Polemizar a decisão da secretária de Política da Mulher, Iriny Lopes, de pedir a retirada da propaganda com Gisele Bundchen vai além da existência ou não do apelo sexual da publicidade. Usar o corpo como subterfúgio para seduzir o homem em coisas do cotidiano, como uso do cartão de crédito, ou de deixar de fazer isso ou aquilo, denota na essência a personificação histórica da mulher como material-objeto. Não que seja escandalosa a propaganda, longe disso, mas sim, apelativa, disforme e ao mesmo tempo normativa no que diz respeito ao ser cidadão e suas restrições por parte da censura. Até que ponto isso vangloria a regulação da sociedade e do contexto “ser cidadão”? Até que ponto, eu ou você como cidadão, não podemos enxergar tal propaganda como um exagero de publicidade? Até que ponto essa sociedade em que eu e você nos encontramos podemos nos defender desse tipo de abuso? E também enxergar na mulher algo mais do que objeto, instrumento sem o rigor de normas e na sua totalidade a essência de ser MULHER.

(texto crítico referente a reportagem acima citada).

Alcoolismo - na mulher, respingando na Família e na sociedade.

A família é um alvo das redes sociais, pois estas representam articulações entre organizações estatais e privadas que prestam assistência à família. O objetivo do projeto na Associação de mulheres Negras Cornélia da Conceição é promover a qualidade de vida, diminuindo os números de assassinatos, violência contra a mulher, conflitos com os filhos, acidentes domésticos, diminuir o desemprego com as demissões ocorridas por causa do alcoolismo.
Criar uma aproximação da população feminina com a temática do alcoolismo, com o problema, com a realidade das mulheres na epidemia.
Devemos apresentar a sociedade que o álcool é uma das preocupações que as famílias hoje estão enfrentando nos seus relacionamentos.
A maior parte das mulheres brasileira se encontra hoje em situação de grande desafio sócio-político e econômico.
 Há muito tempo o alcoolismo é considerada uma doença pela OMS – Organização Mundial da Saúde, além de ser um dos mais recorrentes e debatidos temas na sociedade principalmente em palestras nas SIPAT´s.(Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho).  O alcoolismo, afeta o convívio social, a família, o rendimento no trabalho, além de acometer o indivíduo á diversos problemas de saúde. Mais do que uma doença física, o alcoolismo é um verdadeiro massacre ao indivíduo, pois, o mesmo passa a ser segregado, ocasionando a esta pessoa um profundo sentimento de culpa, dificultando a sua saída do vício.
O problema existe e não deve ser ignorado, o doente precisa ser tratado para o bem de todos: Família, empresa e principalmente o alcoolista. Infelizmente faz parte da nossa cultura o uso de bebidas alcoólicas.
A desigualdade que caracteriza as relações de gênero no contexto da sociedade brasileira afeta a qualidade de vida de muitas mulheres.
Por esta preocupação com as mulheres do município as mulheres da associação de mulheres Negras Cornélia da Conceição e membros da
Comunidade São João Batista se coloca em formação para poder ajudar a comunidade e famílias em situação de risco e vulnerabilidade.
A família é um grupo de convívio, pois seus integrantes precisam conviver um com o outro. Nesse convívio, é muito importante que cada um aceite o outro assim como é, pois a família representa um conjunto de pessoas ligadas por laços consanguíneos e afetivos, não estando a família livre de diversos tipos de problemas que assolam a muitos. Dependendo do nível do problema, este pode ser resolvido pela própria família, pelo próprio grupo de convívio familiar, onde é preciso haver consenso e bastante diálogo.

“Falar de família no Brasil implica necessariamente em remeter a uma formulação já clássica sobre o tema”. Podemos perceber particularidades regionais no eixo norte-sul: no Nordeste a mulher da família patriarcal denominava-se Sinhazinha (docilidade e passividade) e no Sul Bandeirantes (papel mais ativo que passivo, contudo, sem perda do caráter de subordinação e submissão), apresentando normas impostas pela igreja, com caráter repressivo e disciplina rigorosa. Já na família de origem africana escravizada, a mulher é caracterizada por uma condição pré-humana, como “coisa”. A escravidão justificava-se pela “inumanidade” e era vista como uma missão de salvação. Com a Proclamação da República (1889) introduziu-se um conjunto de modernizações [...], o projeto Republicano inspirava-se no positivismo [...] o que gerou modernização conservadora nos planos econômicos e político e na organização da família concebendo um conceito de “nova família”. Esta “nova família” pregava um padrão de organização burguês, com a família nuclear, moderna, que significava a modernização das concepções no que diz respeito ao lugar da mulher nos alicerces da moral familiar e social, deixamos claro o surgimento de uma “nova mulher” como suporte nas famílias brancas de origem europeia. [...] Muitas percepções construídas historicamente pelas elites brasileiras persistem de forma hegemônica, bem como a formulação “mais simpática” às classes populares ao tratar da organização familiar ainda prende-se ao enfoque “pobreza/família irregular”. Na estrutura atual, com a moderna sociedade industrializada, [...] as famílias de classes populares têm encontrado dificuldades de ordem econômica, política (por resistir ao autoritarismo e perversidade do sistema) e ideológica (as diferenças que embasam as diversas formas de organização familiar não são respeitadas). [...] Atualmente alguns fatores influenciam decisivamente os padrões familiares, tais como a transformação e liberalização dos hábitos e costumes, especialmente os relacionados à sexualidade e a nova posição da mulher na sociedade (dimensão de escolha), o modelo de desenvolvimento econômico, como consequência o empobrecimento acelerado das famílias submetendo um contingente grande de mulheres e crianças no mercado de trabalho e os movimentos sociais, principalmente feministas [...].” (GÓES et al, 2008, p. 118 – 120)

http://delas.ig.com.br/saudedamulher/tempo+de+internacao+por+alcoolismo+das+mulheres+e+maior/n1237810625677.html - acesso em 11 de dezembro 2011 - as 23:00hrs.

Grupo permanente de articulação da Campanha da Fraternidade.

          O grupo se formou com o objetivo de continuar a discursão do Tema: Fraternidade e a vida no planeta, o Lema: A criação geme como em dores de parto CF 2011. O grupo se reúne toda última 4ª feira do mês, com assuntos relevantes ao tema, a mística da igreja e as práticas da sociedade que podem ser diferentes para um relacionamento saudável com a natureza. Sendo assim diante as discursões vão surgindo ideias e ações a serem praticadas para a formação e conscientização da sociedade. Neste ano com realizações de oficinas de bolsas, vassouras, artesanatos, limpeza dos recicláveis, puff de pet, cadeiras de pet, alimentação alternativa com reaproveitamentos de cascas, talos e folhas nos sucos, tortas, bolinhos, doces e farofas.  A rede Cáritas, na semana da solidariedade se juntou ao grupo para também discutir a semana da solidariedade com o tema: Sementes que transformam! Discutindo a mulher e o meio ambiente. Por ser relevante trabalhamos juntos nas comunidades.
           A categoria mãe é a mais, frequentemente, utilizada para fazer a relação mulher e natureza no âmbito de sua cultura que se expressa em ideias e ações violentas nas relações e gênero e de degradação ambiental. Há muitas concepções que toma a terra como divindade feminina, à deusa terra, a mãe terra. Seja real ou ilusória a conexão mulher-natureza é produzida cultural e politicamente e o modo de justificar a inferiorizarão da mulher é naturalizar as diferenças utilizadas para coloca-la num patamar subalterno.*

*Trecho extraído do texto “Mulheres e meio Ambiente: da interiorização, à violência, à construção de equidade e sustentabilidade”.  De Maria Sueli Rodrigues de Souza.
Aluna: Maria Gorete F. da Costa.