domingo, 11 de dezembro de 2011

Formação da Juventude Negra



E através de encontros a juventude pode esta enfatizando  os acontecimentos ao seu redor . Os encontros são espaços onde a juventude compartilham experiências com interatividades e descontração, para saber como lidar com situações do dia-a-dia.
Juventude Negra é cumprir uma demanda referendada pela plenária final do Encontro Nacional da Juventude Negra/ENJUNE, procurando articular e promover uma maior participação política e social do (a)s jovens negros (as) de todo o país. Este fórum consolidará as deliberações do ENJUNE e funcionará também para implementar e coordenar as ações apontadas pelo relatório final daquele Encontro, dando direcionamento a construção de um novo panorama social para o contexto juvenil étnico/racial de nosso país. Este Fórum pauta-se em uma perspectiva afrocentrada aglutinando sobre diferentes focos e realidades, os direcionamentos, demandas e consensos importantes para juventude negra como o combate ao extermínio da juventude negra, ao racismo institucional e a defesa da implementação, em caráter de urgência, de reparações e ações afirmativas para o povo negro brasileiro.

Referencial Teórico

http://forumnacionaldejuventudenegra.blogspot.com/

o BRASIL E A SAÚDE NEGRA.

A luta pela inclusão e pela igualdade.
Por: Fernando Ladeira – Revista Brasileira Saúde da Família – pág. 24 – julho a dezembro 2010 – Publicação do Ministério da Saúde.

Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 2008, 45% dos entrevistados se autodefiniram como brancos e 0,88% como amarelos ou indígenas. Em comparação com os dados do Censo 2000, quando 54% se autodefiniram como brancos, os resultados apontam que a maioria da população brasileira, atualmente é formada por pardos (47%) e negros (7,3%), que somam 54,3%. Apesar dessa alteração no quadro racial no período avaliado, que indica possivelmente o efeito de mudanças políticas e sociais sobre o aumento da identidade negra, os resultados de saúde ainda apresentam desigualdades importantes.

São evidentes que na última década melhoraram alguns determinantes de saúde, tais como renda, trabalho e educação, fazendo o cidadão negro se sentir um sujeito de direitos e ajustar sua autodeclaração de raça como o Censo. Na saúde, mesmo com a melhora dos indicadores terem melhorado, ainda há diferença nos dados epidemiológicos referentes à população negra quando comparada a branca.


Brasil Quilombola, 2004.

Instituída como política de Estado e meio de reconhecimento do racismo enraizado na sociedade por meio de definição de ações ministeriais e intersetoriais em prol da população negra. Compreende ações nas mais diversas áreas, entre elas no financiamento diferenciado para equipes de saúde da família que possuem em sua área de abrangência comunidades remanescentes de negros resistentes ao escravagismo – os quilombolas. Num total, já são 504 equipes de saúde da família em 347 municípios do Brasil.
A expansão de cobertura da ESF foi quase duas vezes maior nos municípios com maior proporção de população negra do que naqueles com menor participação desse grupo racial, colaborando para a redução de desigualdades étnicos-raciais de acesso a ações básicas como pré-natal e saúde nutricional.
A introdução do quesito raça-cor nos sistemas nacionais de informação de saúde tem permitido o monitoramento das desigualdades étnico-raciais, deixando claro que o problema de acesso ao sistema de saúde não se restringe à Atenção Primária à Saúde, e sim a aqueles que mais necessitam e tem menos acesso aos serviços.

“O acesso é um dos problemas, pois não é próximo de onde moram os que precisam ou é disponibilizado em horários não compatíveis com aqueles que o trabalhador pode dar atenção à saúde. Além da questão da equidade nos serviços, pois ainda há diferenças no atendimento.” – ACS e usuária do SUS.


O Ver e o Enxergar – A mulher-propaganda.

            
Sexta-feira, 30 de setembro de 2011.

“Defesa das mulheres ou cuidado exagerado” – página 2 Jornal “A Gazeta” – Da Redação.

          Polemizar a decisão da secretária de Política da Mulher, Iriny Lopes, de pedir a retirada da propaganda com Gisele Bundchen vai além da existência ou não do apelo sexual da publicidade. Usar o corpo como subterfúgio para seduzir o homem em coisas do cotidiano, como uso do cartão de crédito, ou de deixar de fazer isso ou aquilo, denota na essência a personificação histórica da mulher como material-objeto. Não que seja escandalosa a propaganda, longe disso, mas sim, apelativa, disforme e ao mesmo tempo normativa no que diz respeito ao ser cidadão e suas restrições por parte da censura. Até que ponto isso vangloria a regulação da sociedade e do contexto “ser cidadão”? Até que ponto, eu ou você como cidadão, não podemos enxergar tal propaganda como um exagero de publicidade? Até que ponto essa sociedade em que eu e você nos encontramos podemos nos defender desse tipo de abuso? E também enxergar na mulher algo mais do que objeto, instrumento sem o rigor de normas e na sua totalidade a essência de ser MULHER.

(texto crítico referente a reportagem acima citada).

Alcoolismo - na mulher, respingando na Família e na sociedade.

A família é um alvo das redes sociais, pois estas representam articulações entre organizações estatais e privadas que prestam assistência à família. O objetivo do projeto na Associação de mulheres Negras Cornélia da Conceição é promover a qualidade de vida, diminuindo os números de assassinatos, violência contra a mulher, conflitos com os filhos, acidentes domésticos, diminuir o desemprego com as demissões ocorridas por causa do alcoolismo.
Criar uma aproximação da população feminina com a temática do alcoolismo, com o problema, com a realidade das mulheres na epidemia.
Devemos apresentar a sociedade que o álcool é uma das preocupações que as famílias hoje estão enfrentando nos seus relacionamentos.
A maior parte das mulheres brasileira se encontra hoje em situação de grande desafio sócio-político e econômico.
 Há muito tempo o alcoolismo é considerada uma doença pela OMS – Organização Mundial da Saúde, além de ser um dos mais recorrentes e debatidos temas na sociedade principalmente em palestras nas SIPAT´s.(Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho).  O alcoolismo, afeta o convívio social, a família, o rendimento no trabalho, além de acometer o indivíduo á diversos problemas de saúde. Mais do que uma doença física, o alcoolismo é um verdadeiro massacre ao indivíduo, pois, o mesmo passa a ser segregado, ocasionando a esta pessoa um profundo sentimento de culpa, dificultando a sua saída do vício.
O problema existe e não deve ser ignorado, o doente precisa ser tratado para o bem de todos: Família, empresa e principalmente o alcoolista. Infelizmente faz parte da nossa cultura o uso de bebidas alcoólicas.
A desigualdade que caracteriza as relações de gênero no contexto da sociedade brasileira afeta a qualidade de vida de muitas mulheres.
Por esta preocupação com as mulheres do município as mulheres da associação de mulheres Negras Cornélia da Conceição e membros da
Comunidade São João Batista se coloca em formação para poder ajudar a comunidade e famílias em situação de risco e vulnerabilidade.
A família é um grupo de convívio, pois seus integrantes precisam conviver um com o outro. Nesse convívio, é muito importante que cada um aceite o outro assim como é, pois a família representa um conjunto de pessoas ligadas por laços consanguíneos e afetivos, não estando a família livre de diversos tipos de problemas que assolam a muitos. Dependendo do nível do problema, este pode ser resolvido pela própria família, pelo próprio grupo de convívio familiar, onde é preciso haver consenso e bastante diálogo.

“Falar de família no Brasil implica necessariamente em remeter a uma formulação já clássica sobre o tema”. Podemos perceber particularidades regionais no eixo norte-sul: no Nordeste a mulher da família patriarcal denominava-se Sinhazinha (docilidade e passividade) e no Sul Bandeirantes (papel mais ativo que passivo, contudo, sem perda do caráter de subordinação e submissão), apresentando normas impostas pela igreja, com caráter repressivo e disciplina rigorosa. Já na família de origem africana escravizada, a mulher é caracterizada por uma condição pré-humana, como “coisa”. A escravidão justificava-se pela “inumanidade” e era vista como uma missão de salvação. Com a Proclamação da República (1889) introduziu-se um conjunto de modernizações [...], o projeto Republicano inspirava-se no positivismo [...] o que gerou modernização conservadora nos planos econômicos e político e na organização da família concebendo um conceito de “nova família”. Esta “nova família” pregava um padrão de organização burguês, com a família nuclear, moderna, que significava a modernização das concepções no que diz respeito ao lugar da mulher nos alicerces da moral familiar e social, deixamos claro o surgimento de uma “nova mulher” como suporte nas famílias brancas de origem europeia. [...] Muitas percepções construídas historicamente pelas elites brasileiras persistem de forma hegemônica, bem como a formulação “mais simpática” às classes populares ao tratar da organização familiar ainda prende-se ao enfoque “pobreza/família irregular”. Na estrutura atual, com a moderna sociedade industrializada, [...] as famílias de classes populares têm encontrado dificuldades de ordem econômica, política (por resistir ao autoritarismo e perversidade do sistema) e ideológica (as diferenças que embasam as diversas formas de organização familiar não são respeitadas). [...] Atualmente alguns fatores influenciam decisivamente os padrões familiares, tais como a transformação e liberalização dos hábitos e costumes, especialmente os relacionados à sexualidade e a nova posição da mulher na sociedade (dimensão de escolha), o modelo de desenvolvimento econômico, como consequência o empobrecimento acelerado das famílias submetendo um contingente grande de mulheres e crianças no mercado de trabalho e os movimentos sociais, principalmente feministas [...].” (GÓES et al, 2008, p. 118 – 120)

http://delas.ig.com.br/saudedamulher/tempo+de+internacao+por+alcoolismo+das+mulheres+e+maior/n1237810625677.html - acesso em 11 de dezembro 2011 - as 23:00hrs.

Grupo permanente de articulação da Campanha da Fraternidade.

          O grupo se formou com o objetivo de continuar a discursão do Tema: Fraternidade e a vida no planeta, o Lema: A criação geme como em dores de parto CF 2011. O grupo se reúne toda última 4ª feira do mês, com assuntos relevantes ao tema, a mística da igreja e as práticas da sociedade que podem ser diferentes para um relacionamento saudável com a natureza. Sendo assim diante as discursões vão surgindo ideias e ações a serem praticadas para a formação e conscientização da sociedade. Neste ano com realizações de oficinas de bolsas, vassouras, artesanatos, limpeza dos recicláveis, puff de pet, cadeiras de pet, alimentação alternativa com reaproveitamentos de cascas, talos e folhas nos sucos, tortas, bolinhos, doces e farofas.  A rede Cáritas, na semana da solidariedade se juntou ao grupo para também discutir a semana da solidariedade com o tema: Sementes que transformam! Discutindo a mulher e o meio ambiente. Por ser relevante trabalhamos juntos nas comunidades.
           A categoria mãe é a mais, frequentemente, utilizada para fazer a relação mulher e natureza no âmbito de sua cultura que se expressa em ideias e ações violentas nas relações e gênero e de degradação ambiental. Há muitas concepções que toma a terra como divindade feminina, à deusa terra, a mãe terra. Seja real ou ilusória a conexão mulher-natureza é produzida cultural e politicamente e o modo de justificar a inferiorizarão da mulher é naturalizar as diferenças utilizadas para coloca-la num patamar subalterno.*

*Trecho extraído do texto “Mulheres e meio Ambiente: da interiorização, à violência, à construção de equidade e sustentabilidade”.  De Maria Sueli Rodrigues de Souza.
Aluna: Maria Gorete F. da Costa.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

DIREITO à DIFERENÇA

 www.jornalvicentino.com.br
A Educação Infantil  sendo  a base  da  educação  formal  precisa  estar  atenta  e  detectar  comportamentos  que   venham  demonstrar  restrições  depreciativas  no trato  com  seu  semelhante  mesmo  na  Educação  Infantil  ainda  se  observa  atitudes  que  comprometem  o  bom  convívio  entre  as  crianças . 
Trabalhando o Direito e a Diversidade de  forma  natural  e  lúdica numa parceria escola/comunidade tanto no planejamento, quanto na execução dessa integração, abordando  a  questão  da  responsabilidade  social  que  a escola  desempenha  junto  aos  alunos  e  comunidade.  A educação objetiva a construção da autonomia e cidadania.
Através de um planejamento bem elaborado visamos trabalhar paralelo o conteúdo formal, valores e atitudes de respeito mútuo.
A execução desse trabalho contará  com  a  participação  de  pais  e   pessoas  da  comunidade  que  tenham  disponibilidade   e/ou  que  possam  enriquecer  e  contribuir  para  minorar  os  problemas  vivenciados  relativos   à  Diversidade.
Por meio de brincadeiras lúdicas, linguagem oral e escrita, música, dança, manifestações artísticas, histórias, arte e outros,  esperamos  tornar  o  ambiente  escolar  mais  favorável  a  uma  educação  efetiva,  que  priorize  tanto  a  evolução  individual  quanto  a  universal.

GÊNERO, SEXO e SEXUALIDADE.


          Vivemos  em uma   sociedade   historicamente  marcada  pelas  diferenças  de  gênero.  A  condição  de  gênero  está  ligada  às  características  comuns  inerentes  ao  ser  humano  acrescidas  da  maneira  e/ou  atitudes  que  constituem  o  comportamento  que  cada  gênero  desempenha  em  uma  sociedade  .   Biologicamente  nascemos  macho(homem),  e  fêmea (mulher)  considerando  uma  única  característica  física  permanente  no  organismo:  os  órgãos  sexuais. Ser  homem  ou  ser  mulher não  é  portanto  tão  somente  uma  questão  anatômica  e  sim  que  as  identidades/comportamento  são  construções  culturais.

                Quando  nascemos  o  biológico  determina quem  somos  na  questão  sexual. Macho  ou fêmea .  A  partir  do  nascimento,  acredita-se  que  as  condutas  de  gênero   são  originadas  por  uma  programação  natural   e  biológica  de  comportamento  que  viria  junto  com  o tipo  de  corpo  físico  com que  cada  indivíduo  nasce.
               Comparando  diversas  sociedades,  homens  e  mulheres  são  representados  e  modelados socialmente  de  maneira  muito  variada  ao  mesmo  tempo  confirmando  que  a espécie  humana  é  essencialmente  dependente  da  socialização.
               A  sexualidade  é  um  termo  abstrato  usado  para  determinar  um  conjunto  de fenômenos  sexuais  ou  ligados  ao  sexo  que  se  pode  observar  nos  seres  vivos.  Podemos  dizer  também  que  sexualidade  é  um  conjunto  de  modalidades  de  satisfação  sexual.
             A  sexualidade  não  é  somente  uma  questão  de  instintos,  impulsos,  genes  ou  hormônios,  e  tampouco  se  resume  às  possibilidades  corporais  de  vivenciar  prazer  e  afeto.  Ela  é  também  uma  construção.  A  construção  da  sexualidade  integra  a   identidade  pessoal  de  cada  indivíduo,  são  originadas,  afetadas  e  transformadas  pelo  modo  como  os  valores  sociais  e  culturais  organizam  a  vida  em  um  dado  momento  histórico.
              Sexo  representa  tanto  prazer  quanto  perigo,  dessa  forma  a  família, a  escola,  a  religião,  a  ciência,  a  lei  e  o  governo  esforçam-se  para  determinar  o  que  é  sexo  e o  que  ele  deve  ser.  Assim  para  manter-se  o  sexo  sob  controle,  são  inventadas  regras,  consideradas  necessárias   e  imprescindíveis  não  apenas  para  o  bem  estar  social,  mas  também  para  a  organização  da  vida  em  sociedade.
           Nas  questões  de  gênero  as  orientações  sexuais  são  bem  distintas.  A  feminilidade  em  torno  da  maternidade,  e  a  masculinidade,  sob  o  signo  da  virilidade.
            Pensar  em  gênero  dentro  de  uma  perspectiva  igualitária  requer  observar  toda  uma  história  social  de  um  povo.  A  prática  de  igualdade  de  gênero  sempre  ficou  comprometida,  oprimindo  e  desfavorecendo  as    mulheres  em  sociedades  dominadas  pelo  homem
           A  partir  do  século   XIX   começam  a surgir  manifestações  públicas  pela  igualdade  entre  homens  e  mulheres.  No  decorrer  do  século  XX  foi  possível  explicitar  as  desigualdades  sociais  e  étno-raciais.
          O  início  da  luta  pela  igualdade  foi  durante  a Revolução  Francesa (1789 ).  Seus  princípios  de  justiça  social,  liberdade,  igualdade  e  fraternidade  passaram  a inspirar  gradualmente  os  séculos seguintes,  reivindicações  de  diferentes  segmentos  sociais  em  condições  de  desigualdades  de  acesso  a  direitos  então  negados.  Mas    a  partir  do século  XIX  é  que  começam  a  surgir  manifestações  públicas  pela  igualdade  de  direitos,  traduzidos  no  igual  acesso  a  ambos  à  educação,  ao  mercado  de trabalho  e  ao  voto.
          O  Movimento  Feminista  Brasileiro  foi  e  é  importante  força  social  para  despertar  a  consciência  das  mulheres  para  os  seus  problemas  e  para  questões  que  a  cercam  e  as  afetam  direta  e  indiretamente.
          O  marco  do  Movimento  Feminista  no  Brasil  foi  o  ano  de  1975.  Por  iniciativa  da  ONU -  Organização  das  Nações  Unidas,  foi  considerado  Ano  Internacional  da  Mulher.
          A luta pela igualdade de gênero e pela diversidade sexual está acontecendo e se transformando a cada dia... As feministas continuam atuantes, trabalhando arduamente para melhorar a vida da população.
          A maior vitória será quando as mulheres tiverem construído uma consciência. Feminista individual, isso traria conforto psicológico e agilidades na resolução dos problemas sociais.
 Angela Maria Anastácio de Lima 
     
     O homem funciona como uma “ponte” de transmissão entre casa e a rua, onde eles possivelmente mantêm relações sexuais desprotegidos com outras mulheres, ou fazem uso de drogas injetáveis sem o conhecimento de suas parceiras. Assim como assistir o depoimento de duas senhoras que durante o seu casamento adquiriram o vírus e uma delas teve também sua filha afetada hoje com 17 anos, e veio a descobrir quando o marido ficou muito doente, e ao ver o laudo óbito do mesmo, estava lá: - vítima do vírus HIV. Foi onde caiu a ficha.  E hoje elas são voluntárias de um grupo no bairro onde mora em Vila Velha ES.

       Outro aspecto problemático á a questão da mulher tomar a iniciativa sobre o sexo seguro com o seu parceiro. O sexo, a relação sexual e outros temas correlatos não são tratados nos cotidianos das pessoas da forma natural e desinibidos.

       É problemático pensar a mulher como um sujeito de uma atitude mais ativa na relação sexual, incluído a desenvoltura necessária para a proposição do sexo seguro. Além disso, há de se ter em conta o significado moral da camisinha.

     As campanhas vêm com o intuito de promover a competência feminina para a autoproteção contra a AIDS nas relações sexuais, essas campanhas antes de tudo, promove a redução das vulnerabilidades sociais das mulheres.

Conclusão ou Fechamento

      Em parte devido à sua constante reconfiguração, a epidemia da AIDS tem sido um campo fértil para a produção de múltiplos significados para risco segundo gênero. Se, no princípio, a AIDS foi tratada como uma “doença” que estava restrita a alguns grupos denominados “de risco”, segundo os padrões epidemiológicos vigentes para outras doenças infecciosas ,já se observava, mesmo nos primórdios  da epidemia, algumas tendências que se acentuariam com o passar dos anos.

     A progressão da epidemia em direção às mulheres, especialmente em direção àquelas em situação de pobreza era uma delas. À vulnerabilidade de certos grupos, tem sido observado em diferentes partes do mundo, tido como inerentes as particularidades locais.

foto:territoriofeminino.blogtv.uol.com.br/2008/03/

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Não desistimos...

   O vídeo que você irá assistir retrata a realidade das mulheres agricultoras rurais da Região do Córrego do Poção, área rural do município de Nova Venécia, estado do Espírito Santo. Elas decidiram por si só se juntarem e fundarem a AMURCOPAssociação de Mulheres Agricultoras Rurais da Região do Córrego do Poção – que é uma entidade sem fins lucrativos, e que prega entre outros princípios a abolição de qualquer discriminação de raça, cor, gênero ou religião.
   Dentre os objetivos da Associação temos: contribuir para o fortalecimento de uma consciência crítica nas mulheres para sua participação na vida privada e pública enquanto gênero; e lutar pela implantação das Políticas Públicas voltadas para a garantia dos direitos humanos e legais das mulheres.
São relatos verdadeiros, conscientes e cheio de vida.


O PAPEL DA MULHER NA FAMÍLIA E SOCIEDADE

 
                                           fabiopestanaramos.blogspot.com/2011/05/educacao


As sociedades humanas surgem divididas em clãs, em tribos e aldeias. Na fase pré-capitalista o modelo de família era multigeracional e todos trabalhavam numa mesma unidade de produção. O mundo do trabalho e o mundo doméstico eram coincidentes. A função de reprodutora da espécie, que cabe a mulher, favoreceu a sua subordinação ao homem. A mulher foi sendo considerada mais frágil e incapaz para assumir a direção e chefia do grupo familiar. O homem associado à ideia de autoridade devido a sua força física e poder de mando, assumiu o poder dentro da sociedade.
Surgem as sociedades patriarcais, fundada no poder do homem, do chefe de família. Assim a sexualidade da mulher foi sendo cada vez mais submetida aos interesses do homem, tanto no repasse dos bens materiais, como na reprodução da sua linhagem.
A mulher "passou a ser do homem" como forma dele perpetuar-se através da descendência. A função da mulher foi sendo restrita ao mundo doméstico, submissa ao homem.
Já na sociedade industrial o mundo do trabalho se divide do mundo doméstico. As famílias multigeracionais vão desaparecendo e forma-se a família nuclear (pai, mão e filhos). Permanece o poder patriarcal na família, mas a mulher das camadas populares foi submetida ao trabalho fabril, o abandono do lar trouxe consequências para as crianças. A revolução industrial separou o trabalho doméstico do trabalho remunerado fora do lar. Nas fases de crises substituía-se o trabalho masculino pelo trabalho da mulher, pois era mais barato. Ao ser incorporado ao mundo do trabalho fabril a mulher passou a ter uma dupla jornada de trabalho. A ela cabia cuidar da prole, dos afazeres domésticos e também do trabalho remunerado. A dificuldade de cuidar da prole levou as mulheres a reivindicarem escolas, creches e o direito a maternidade. É nesse contexto que nasceu a luta das mulheres por melhores condições de trabalho.
Na sociedade capitalista persistiu o argumento da diferença biológica com base para a desigualdade entre homens e mulheres. As mulheres eram vistas como menos capazes que os homens. Cada vez mais o corpo da mulher pertencia ao homem, seu marido e senhor. o adultério era crime gravíssimo, pois colocava em perigo a legitimidade da prole como herdeira da propriedade do homem.
A luta das mulheres contra a forma de opressão a que eram submetidas foi denominada de feminismo e a organização das mulheres em prol da melhoria sociais foi conhecida como movimento de mulheres. As mulheres que assumiram o movimento feminista eram vista como "mal amadas" e discriminadas pelos homens e pelas mulheres que aceitavam o seu papel de submissa na sociedade patriarcal. A luta feminina é um busca de construir novos valores sociais, nova moral e nova cultura. É uma luta pela democracia, que deve nascer da igualdade entre homens e mulheres e evoluir para a igualdade entre todos os seres humanos, suprimindo as desigualdades de classe. O encontro de mulheres vem preencher uma lacuna deixada no interior e nos pequenos povoados, onde as mulheres são lesadas de conhecimentos e preparação no enfrentamento as mais diversas formas de opressão nos quais são as principais vítimas. 





A questão de gênero e os principais aparelhos de reprodução da sociedade.


"O impossível torna-se possível no momento
em que tu interiorizares que é possível e
está ao alcance da tu mão!
Há que lutar e o céu será o teu limite!"
extraido do site: img.photobucket.com/.../francofona/apontar.jpg


Refletir gênero dentro de um contexto social conservador torna-se um desafio. Para melhor compreensão  será feita uma análise da questão de gênero paralelamente aos principais aparelhos de reprodução da sociedade.

Sendo o primeiro, o aparelho ideológico da família, o qual muito bem usado pelo estado para conseguir moldar os indivíduos conforme suas necessidades. A família, o primeiro grupo social o qual fazemos parte e nela recebemos as primeiras orientações na formação de nossa conduta. De uma maneira ou outra, ela está presente direta ou indiretamente até a morte.

No modo de produção capitalista,  preocupa-se em produzir bens materiais. A família passa a ter menos tempo para a educação dos filhos, preparando-os de acordo com o sistema, conforme os padrões ditos corretos para inseri-los ao meio.

 Assim sendo, a maioria das famílias cabe ao marido e pai o máximo de autoridade, da mulher sempre se espera submissão e obediência; mesmo entre os filhos, o homem manda na mulher e lhes são permitidos certos comportamentos, certas regalias, que nenhuma maneira é permitida à mulher; o mesmo já é educado diferentemente, é educado para ser o chefe, para decidir, tomar iniciativa; a menina vai cuidar das coisas de casa, vai “servir”, cuidar das crianças. Mais uma vez as diferenças sexuais servem para reprodução das relações de dominação, pois quando  incluída na sociedade e no trabalho teremos novamente essas diferenças já consagradas e legitimadas e como regra, no trabalho vai receber menos que os homens, mesmo que faça o mesmo trabalho. O importante é que mantenham as hierarquias de poder, que as relações se estabeleçam verticalmente.

Quanto ao aparelho ideológico da escola, podemos considerar todas as etapas evolutivas presente na família, o qual em nada diferencia o seu papel, apenas dar continuidade a formação dada pela mesma. Referindo-se à escola vamos entender o aparelho criado pelo grupo dominante para reproduzir seus interesses, suas ideologias, que na maioria das vezes imposta, obrigatória, e controlada pelos que detêm o poder.

Outro aparelho importante e que caminha paralelo ao aparelho ideológico da família e da escola é a igreja. Muitas pessoas podem estranhar que as igrejas possa ser um aparelho a serviço da reprodução das relações de dominação, pois as igrejas se colocam a serviço da reprodução de dominação, principalmente na relação do sexo masculina com o feminino. Para melhor entender, vamos analisar algumas situações que fazem parte do cotidiano de uma igreja e que são aceitas como normais pelas pessoas. Por exemplo, quando na bíblia, no livro do gênese, muito usado por todas, na leitura sobre a criação, a figura da mulher se faz presente, a qual é responsabilizada pelo “pecado original”, pois foi ela que induziu e enganou o homem e o fez comer a “maça do pecado”, levando-os a perca do paraíso. Outro exemplo no mesmo contexto é quando a mesma é criada como fruto de um pedaço do homem, colocando-a numa situação de submissão e servidão. Outro exemplo é à figura de uma divindade, adotada e adorada por todas as igrejas, o homem se faz presente, deus é pai e não mãe. Já nos dias atuais, podem ser contadas a dedo as mulheres que exerçam o papel de pastora ou chefia de uma igreja. Em uma cerimônia de casamento, por exemplo, a mulher é colocada como passiva diante do fato, lhe são passadas as tarefas de obediência e submissão.

Portanto os aparelhos supracitados tem influência determinante na questão de gênero e são determinantes na estrutura social limitando a liberdade e autonomia de todos os indivíduos social e principalmente da mulher, isso se torna um grande aliado para impedir o desenvolvimento de um mundo melhor e igualitário.

Mas diante de tudo isso não há motivo para desânimo, só depende de cada um. Como diz CHE “sejamos realistas: exijamos o impossível”.


 

Movimento “Vamos Brincar”


A violência de gênero é um problema mundial ligado ao poder, privilégios e controle masculino. Atingem as mulheres independentemente de idade, cor, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual ou condição social.

O efeito é, sobretudo, social, pois afeta o bem-estar, a segurança, as possibilidades de educação e desenvolvimento pessoal e a autoestima das mulheres.  Historicamente, à violência doméstica e sexual somam-se outras formas de violação dos direitos das mulheres: da diferença de remuneração em relação aos homens à injusta distribuição de renda; do tratamento desumano que recebem nos serviços de saúde ao assédio sexual no local de trabalho. Essas discriminações e sua invisibilidade agravam os efeitos da violência física, sexual e psicológica contra a mulher.


sábado, 30 de julho de 2011

Depoimento de Uma Mulher Negra dos Acontecimentos do Cotidiano.

A mulher negra, por receber preconceito, pela sua etnia, sofre também por sua “condição sexual”, por isso, ela é duplamente atingida pelo preconceito. “Já ouvir de pai de família, Homens dizendo: Não gosto de negro, mas de uma negrinha! Sou louco por uma”.  É uma forma de preconceito e exploração sexual muito explícita. E não nos damos conta disso, fica como uma brincadeirinha.
A questão do respeito precisa começar na base, isto é, na família e, também na escola. A criança precisa crescer sabendo respeitar as particularidades de cada cidadão independente de sua cor, raça, religião, opção sexual, política, etc.
Devemos fazer esse trabalho de conscientização de nossa sociedade no sentido de pregar contra toda e qualquer iniciativa racista. Acreditando que futuramente possamos encontrar em nossa sociedade, pessoas capazes de lutar por direitos iguais. Às vezes fazendo valer as ações afirmativas, E que possam  angariar políticas públicas, que seja por Movimentos Sociais ou outras organizações, que lutam pelos seus reconhecimentos. Visto que na unidade estudada, ficou também claro que existe um “Brasil negro” e um “Brasil branco”. Mas que, mediante a situação política que temos hoje, setores públicos ou empresas particulares independente de cor ou raça, o que vale mesmo é o (“Q I”).
Referência: Depoimento da senhora J.R.C.
MISSA NA CATEDRAL EM SÃO MATEUS ES.
Realizada MISSA no dia 27/07/2011, em São Mateus as 20H, na Catedral, com os Padres e Bispos negros com participação de membros do Instituto Mariama, com representes de vários lugares do Brasil. Em especial, temos fazendo parte dessa organização o BISPO DON ZANONI, da diocese de São Mateus, onde foi realizada a Assembléia. E também os grupos Quilombolas da comunidade de São Jorge, Comunidade São Domingos e Comunidade do Espírito Santo do município de São Mateus e Conceição da Barra. Onde puderam fazer vistas as entidades e grupos presente no município e região e parabenizou a organização dos Quilombolas e questionando as políticas públicas, municipal e estadual para a classe menos favorecida.
O presidente do IMA destacou também suas expectativas e quais os objetivos da Assembléia. “Esperamos que a Assembléia seja um evento fraterno, como tem sido feito nas últimas. Crescer na espiritualidade, na missão presbiteral, trabalhar para os padres serem homens consagrados no serviço de Deus, homens que se comprometem com a transformação da realidade a partir do anúncio do evangelho que nos motiva a estarmos com nossos olhos abertos à realidade da comunidade negra no Brasil. Esses são os maiores objetivos do evento”, enumerou padre Guanair.
Os participantes da Assembléia são padres e diáconos negros do Brasil. O evento é aberto também às pessoas que se comprometem à causa da vida que, segundo padre Guanair, é a causa do negro do Brasil. “É um encontro aberto onde trabalharemos a formação permanente do clero”, completou.
Questionado sobre o aumento do número de bispos negros no Brasil, o presidente do IMA disse que vem aumentando de modo considerável, mas ressaltou que a questão vocacional deve ser mais trabalhada nas bases para que esse número seja ainda maior. “É verdade que houve um crescimento no número de bispos negros no Brasil, mas acredito que é preciso ter mais bispos negros. São poucos ainda. Os padres negros também são muito poucos. É preciso fortalecer a dinâmica da pastoral vocacional para que os jovens cresçam e que aumente futuramente o número de bispos negros no Brasil”.





ASSOCIAÇÃO DE BISPOS

A Associação de Bispos, Presbíteros, e Diáconos Negros, e se constitui como sociedade civil de direito privado, de âmbito nacional, de fins não econômicos e sem vínculos político-partidários, com prazo de duração indeterminado, será regida pelo presente Estatuto, pelo Código Civil Brasileiro e pelas disposições legais e regulamentares aplicáveis.
- São seus objetivos:
I – Organizar, apoiar e incentivar a realização de eventos com o propósito de formação e fortalecimentos nos compromissos de negritude, tais como: Congressos, Fóruns, Seminários, e outros que proporcionem a articulação dos Bispos, Presbíteros e Diáconos Negros, com sentimento de pertença, em uma proposta aberta, com outros presbíteros solidários à causa do povo afro descendente.
II – Contribuir com o intercâmbio entre as diversas regiões do Brasil; com Países do Continente Africano; do Continente Americano e outros, visando um maior conhecimento e conseqüente participação das pessoas no processo de superação das desigualdades raciais e sociais e da marginalização sociocultural religiosa da população afro descendente;
III – Colaborar com a formação dos agentes de pastoral negros, em especial dos bispos, presbíteros e diáconos negros católicos do Brasil para que sejam solidários possam estar presentes em meio à população mais fragilizada, contribuindo para a formação integral de crianças, jovens e adultos;
IV – Fomentar o convívio religioso, colaborando para a promoção da igualdade, superando os preconceitos, particularmente em relação às expressões religiosas de origem africana, visando uma convivência fraterna.
V – Acompanhar, assistir e encaminhar junto aos órgãos e instituições competentes, pessoas que por motivo de sua negritude sejam discriminadas, para que se torne realidade o disposto nos art. 1º e 5º da Constituição Federal e que sejam apenados aqueles que a descumprirem.
VI – Promover estudos e publicações de caráter informativo, formativo e científico;
VII - Prioritariamente voltado para o desenvolvimento e formação de Bispos, presbíteros e diáconos negros, o IMA, não admitirá em suas atividades e promoções a discriminação de raça, gênero, cor, sexo, nacionalidade, nível socio-político-econômico, concepção filosófica ou religiosa.
Postado por INSTITUTO MARIAMA