"O impossível torna-se possível no momento
em que tu interiorizares que é possível e
está ao alcance da tu mão!
Há que lutar e o céu será o teu limite!"
extraido do site: img.photobucket.com/.../francofona/apontar.jpg
Refletir gênero dentro de um contexto social conservador torna-se um desafio. Para melhor compreensão será feita uma análise da questão de gênero paralelamente aos principais aparelhos de reprodução da sociedade.
Sendo o primeiro, o aparelho ideológico da família, o qual muito bem usado pelo estado para conseguir moldar os indivíduos conforme suas necessidades. A família, o primeiro grupo social o qual fazemos parte e nela recebemos as primeiras orientações na formação de nossa conduta. De uma maneira ou outra, ela está presente direta ou indiretamente até a morte.
No modo de produção capitalista, preocupa-se em produzir bens materiais. A família passa a ter menos tempo para a educação dos filhos, preparando-os de acordo com o sistema, conforme os padrões ditos corretos para inseri-los ao meio.
Assim sendo, a maioria das famílias cabe ao marido e pai o máximo de autoridade, da mulher sempre se espera submissão e obediência; mesmo entre os filhos, o homem manda na mulher e lhes são permitidos certos comportamentos, certas regalias, que nenhuma maneira é permitida à mulher; o mesmo já é educado diferentemente, é educado para ser o chefe, para decidir, tomar iniciativa; a menina vai cuidar das coisas de casa, vai “servir”, cuidar das crianças. Mais uma vez as diferenças sexuais servem para reprodução das relações de dominação, pois quando incluída na sociedade e no trabalho teremos novamente essas diferenças já consagradas e legitimadas e como regra, no trabalho vai receber menos que os homens, mesmo que faça o mesmo trabalho. O importante é que mantenham as hierarquias de poder, que as relações se estabeleçam verticalmente.
Quanto ao aparelho ideológico da escola, podemos considerar todas as etapas evolutivas presente na família, o qual em nada diferencia o seu papel, apenas dar continuidade a formação dada pela mesma. Referindo-se à escola vamos entender o aparelho criado pelo grupo dominante para reproduzir seus interesses, suas ideologias, que na maioria das vezes imposta, obrigatória, e controlada pelos que detêm o poder.
Outro aparelho importante e que caminha paralelo ao aparelho ideológico da família e da escola é a igreja. Muitas pessoas podem estranhar que as igrejas possa ser um aparelho a serviço da reprodução das relações de dominação, pois as igrejas se colocam a serviço da reprodução de dominação, principalmente na relação do sexo masculina com o feminino. Para melhor entender, vamos analisar algumas situações que fazem parte do cotidiano de uma igreja e que são aceitas como normais pelas pessoas. Por exemplo, quando na bíblia, no livro do gênese, muito usado por todas, na leitura sobre a criação, a figura da mulher se faz presente, a qual é responsabilizada pelo “pecado original”, pois foi ela que induziu e enganou o homem e o fez comer a “maça do pecado”, levando-os a perca do paraíso. Outro exemplo no mesmo contexto é quando a mesma é criada como fruto de um pedaço do homem, colocando-a numa situação de submissão e servidão. Outro exemplo é à figura de uma divindade, adotada e adorada por todas as igrejas, o homem se faz presente, deus é pai e não mãe. Já nos dias atuais, podem ser contadas a dedo as mulheres que exerçam o papel de pastora ou chefia de uma igreja. Em uma cerimônia de casamento, por exemplo, a mulher é colocada como passiva diante do fato, lhe são passadas as tarefas de obediência e submissão.
Portanto os aparelhos supracitados tem influência determinante na questão de gênero e são determinantes na estrutura social limitando a liberdade e autonomia de todos os indivíduos social e principalmente da mulher, isso se torna um grande aliado para impedir o desenvolvimento de um mundo melhor e igualitário.
Mas diante de tudo isso não há motivo para desânimo, só depende de cada um. Como diz CHE “sejamos realistas: exijamos o impossível”.
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