domingo, 11 de dezembro de 2011

O Ver e o Enxergar – A mulher-propaganda.

            
Sexta-feira, 30 de setembro de 2011.

“Defesa das mulheres ou cuidado exagerado” – página 2 Jornal “A Gazeta” – Da Redação.

          Polemizar a decisão da secretária de Política da Mulher, Iriny Lopes, de pedir a retirada da propaganda com Gisele Bundchen vai além da existência ou não do apelo sexual da publicidade. Usar o corpo como subterfúgio para seduzir o homem em coisas do cotidiano, como uso do cartão de crédito, ou de deixar de fazer isso ou aquilo, denota na essência a personificação histórica da mulher como material-objeto. Não que seja escandalosa a propaganda, longe disso, mas sim, apelativa, disforme e ao mesmo tempo normativa no que diz respeito ao ser cidadão e suas restrições por parte da censura. Até que ponto isso vangloria a regulação da sociedade e do contexto “ser cidadão”? Até que ponto, eu ou você como cidadão, não podemos enxergar tal propaganda como um exagero de publicidade? Até que ponto essa sociedade em que eu e você nos encontramos podemos nos defender desse tipo de abuso? E também enxergar na mulher algo mais do que objeto, instrumento sem o rigor de normas e na sua totalidade a essência de ser MULHER.

(texto crítico referente a reportagem acima citada).

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