domingo, 11 de dezembro de 2011

Alcoolismo - na mulher, respingando na Família e na sociedade.

A família é um alvo das redes sociais, pois estas representam articulações entre organizações estatais e privadas que prestam assistência à família. O objetivo do projeto na Associação de mulheres Negras Cornélia da Conceição é promover a qualidade de vida, diminuindo os números de assassinatos, violência contra a mulher, conflitos com os filhos, acidentes domésticos, diminuir o desemprego com as demissões ocorridas por causa do alcoolismo.
Criar uma aproximação da população feminina com a temática do alcoolismo, com o problema, com a realidade das mulheres na epidemia.
Devemos apresentar a sociedade que o álcool é uma das preocupações que as famílias hoje estão enfrentando nos seus relacionamentos.
A maior parte das mulheres brasileira se encontra hoje em situação de grande desafio sócio-político e econômico.
 Há muito tempo o alcoolismo é considerada uma doença pela OMS – Organização Mundial da Saúde, além de ser um dos mais recorrentes e debatidos temas na sociedade principalmente em palestras nas SIPAT´s.(Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho).  O alcoolismo, afeta o convívio social, a família, o rendimento no trabalho, além de acometer o indivíduo á diversos problemas de saúde. Mais do que uma doença física, o alcoolismo é um verdadeiro massacre ao indivíduo, pois, o mesmo passa a ser segregado, ocasionando a esta pessoa um profundo sentimento de culpa, dificultando a sua saída do vício.
O problema existe e não deve ser ignorado, o doente precisa ser tratado para o bem de todos: Família, empresa e principalmente o alcoolista. Infelizmente faz parte da nossa cultura o uso de bebidas alcoólicas.
A desigualdade que caracteriza as relações de gênero no contexto da sociedade brasileira afeta a qualidade de vida de muitas mulheres.
Por esta preocupação com as mulheres do município as mulheres da associação de mulheres Negras Cornélia da Conceição e membros da
Comunidade São João Batista se coloca em formação para poder ajudar a comunidade e famílias em situação de risco e vulnerabilidade.
A família é um grupo de convívio, pois seus integrantes precisam conviver um com o outro. Nesse convívio, é muito importante que cada um aceite o outro assim como é, pois a família representa um conjunto de pessoas ligadas por laços consanguíneos e afetivos, não estando a família livre de diversos tipos de problemas que assolam a muitos. Dependendo do nível do problema, este pode ser resolvido pela própria família, pelo próprio grupo de convívio familiar, onde é preciso haver consenso e bastante diálogo.

“Falar de família no Brasil implica necessariamente em remeter a uma formulação já clássica sobre o tema”. Podemos perceber particularidades regionais no eixo norte-sul: no Nordeste a mulher da família patriarcal denominava-se Sinhazinha (docilidade e passividade) e no Sul Bandeirantes (papel mais ativo que passivo, contudo, sem perda do caráter de subordinação e submissão), apresentando normas impostas pela igreja, com caráter repressivo e disciplina rigorosa. Já na família de origem africana escravizada, a mulher é caracterizada por uma condição pré-humana, como “coisa”. A escravidão justificava-se pela “inumanidade” e era vista como uma missão de salvação. Com a Proclamação da República (1889) introduziu-se um conjunto de modernizações [...], o projeto Republicano inspirava-se no positivismo [...] o que gerou modernização conservadora nos planos econômicos e político e na organização da família concebendo um conceito de “nova família”. Esta “nova família” pregava um padrão de organização burguês, com a família nuclear, moderna, que significava a modernização das concepções no que diz respeito ao lugar da mulher nos alicerces da moral familiar e social, deixamos claro o surgimento de uma “nova mulher” como suporte nas famílias brancas de origem europeia. [...] Muitas percepções construídas historicamente pelas elites brasileiras persistem de forma hegemônica, bem como a formulação “mais simpática” às classes populares ao tratar da organização familiar ainda prende-se ao enfoque “pobreza/família irregular”. Na estrutura atual, com a moderna sociedade industrializada, [...] as famílias de classes populares têm encontrado dificuldades de ordem econômica, política (por resistir ao autoritarismo e perversidade do sistema) e ideológica (as diferenças que embasam as diversas formas de organização familiar não são respeitadas). [...] Atualmente alguns fatores influenciam decisivamente os padrões familiares, tais como a transformação e liberalização dos hábitos e costumes, especialmente os relacionados à sexualidade e a nova posição da mulher na sociedade (dimensão de escolha), o modelo de desenvolvimento econômico, como consequência o empobrecimento acelerado das famílias submetendo um contingente grande de mulheres e crianças no mercado de trabalho e os movimentos sociais, principalmente feministas [...].” (GÓES et al, 2008, p. 118 – 120)

http://delas.ig.com.br/saudedamulher/tempo+de+internacao+por+alcoolismo+das+mulheres+e+maior/n1237810625677.html - acesso em 11 de dezembro 2011 - as 23:00hrs.

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